quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Parceria com o Blog -Fames artium magistra-

Olá!
Essa é a primeira postagem com parceria com outro blog! :D
Certo dia... Eu e meu amigo Alisson, dono do blog Fames artium magistra, fizemos um acordo: ele escreveria e eu tiraria uma foto para tentar representar as palavras dele. 
Essa foto foi quando eu estava viajando, em base em algumas frases escritas por Alisson, escolhi esse cenário :) Um horizonte distante e sempre em busca de um destino. "(...) Ah, e a coisa que passei o dia procurando? A encontrei agora. Posso dormir satisfeito. (...)".
Adorei a parceria! ;D E espero que vocês gostem também!
Até a próxima! :D


Estudo para a fluência. (Sujeito desinencial)


Bateu a inspiração. E agora, que a luz é suficiente aos meus olhos, talvez consiga enxergar de onde vêm a inspiração. As ondas entrelaçam-se com a química com o intuito de me explicar logicamente o que houve com meu dia. E, ao contrário do que pensava, ainda sinto. Sinto o mundo mesmo conseguindo explicações que eram utópicas para mim. Essa semi-ótica do mundo, refletida em mim (ou, possivelmente, o contrário), me ajuda a entender, me ajuda a pensar, criar, conquistar, manipular, deixar estar e aproveitar. Embora a muitos isso possa soar pesado e exagerado, me refiro à estes sem exagero. A fluência com que comecei o texto já se turvou por este tempo, e a abstinência já não me soa tão desagradável agora que entreti-me com meus pensamentos.
Agora só consigo pensar no chorinho lento que me cativou há pouco, e nas idéias que exibiram o documentário. Embora não goste mais como gostava antes de filosofia, essas idéias ainda me capturam. Mas dessa vez eu estava indefeso. Ou vulnerável... No momento não há como diferenciá-las, ou interromperei a fluência mais uma vez. "O erotismo é um excesso." é a idéia à qual me refiro. Sinto como se tivesse passado a vida procurando essa frase para me explicar sobre a minha desvontade quanto à feminilidade vulgar tão cultuada pelos, aparentemente, hiper-másculos. Embora sinta como se tivesse passado a vida toda procurando, tenho de assumir que a puberdade é impiedosa. Mas cara, mesmo assim isso soava gritantemente errado aos meus ouvidos. E eu o fazia. Porém, a abstinência a qual me refiro me veste como uma roupa feita por um alfaiate. Projetada especialmente para o usuário. Se eu fosse o leitor, eu talvez pudesse pensar que a abstinência que digo é em relação ao erotismo. Se eu fosse o escritor, para fugir disso, eu provavelmente diria que me refiro aos excessos, justamente por pensar que o erotismo é um excesso. Mas por ser apenas a peneira, à mim parece muito mais que a abstinência está intimamente relacionada com a disciplina, a maior das virtudes. Também relacionada com o que me define o caráter. Com o que aspiro. E como isso me soa megalomaníaco. Talvez narciso. Mas dentre todas as possibilidades, apenas quero uma que atenda a todas as minhas necessidades. Às vezes penso que costumo julgar muito com os olhos do povo,  e me pego pensando que realmente deveria. A final, a única parcela que o povo tem a analisar, e o pequeno pedaço que eles possuem de meu tempo. E se ela soar dissonante demais, talvez não agrade aos ouvidos de quem gostaria que agradasse. Ah, e a coisa que passei o dia procurando? A encontrei agora. Posso dormir satisfeito. E sem perigo de ter violado a abstinência. Mas ainda tenho que ter cautela.
Inevitável agora lembrar do melhor beijo. Uma despedida ao som de uma cadência resolvida. E mais algumas sinestesias que resolvi não colocar. Sem mais "barroquismos", saturei de rebuscamentos por agora.
Quando será que verei o escritor desse texto de novo?
E me lembro de abster-me de vê-lo.
Disciplina!

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